quarta-feira, 10 de abril de 2024

Por trás do que se diz…... 

Dr Paulo estava certo


Quando a Grande Imprensa o citava frequentemente, o Dr Paulo Maluf lembrava, sempre que podia, o velho ditado de que o Lobo perde os dentes na velhice mas não pede o Vício.

Um velho fellow traveller americano, de seus tempos de Veja, O GLOBO, Jornal da Tarde, Estadão e Folha mostra em 31 de março de 2024 nessa Folha cada vez menos semelhante aos seus melhores dias de antanho, que suas paixões não se abateram em 60 anos, e quais, realmente, são os seus heróis...

Referimo-nos a Élio Gasperi, cuja carreira no Jornalismo lembra a carreira fictícia de Pepe Carvalho , a criação do grande literato catalão  Manuel Vazquez Montálban, quando deixando a militância de Esquerda, aceita ser consultor da CIA sobre a sua Espanha, agora democratizada, plotando quem era quem para que Washington não se equivocasse…

Os  rasgados elogios de Gasperi a Vernon Walters, um dos mais eficientes instrumentos da corrupção americana da mente de importante  militares brasileiros, ingênuos compradores das imagens maniqueístas americanas da Guerra Fria, mostra que a idade nada ensinou ao velho, inteligente e alienado jornalista. Que havia  aproveitado  sua passagem por Washington nos anos 80 para ser consultor da CIA sobre o Brasil em vias de democratização.

E serviços ele já prestara antes, quer na imprensa, quer em seus livros.. O principal foi o cuidadoso recorte excludente  do qual Gasperi foi artesão em seus 4 volumes, do papel americano no golpe de 1964 e, mais grave, na introdução da tortura impiedosa como instrumento de Estado para a dizimação dos ”perigosos comunistas, ateus e apátridas”.

Seu tratamento, nos livros da série, da morte do instrutor de torturas americano, abatido na rua numa das primeiras reações à barbárie instalada na Operação Bandeirantes é o de um herói morto a serviço do Bem.

Com toda a responsabilidade que o Estadão teve para que 64 ocorresse, um artigo desse, uma Elegia de Walters, nem pelas mãos do Eurípedes, egresso da Veja, aluno la fora de anos de endoutrinação, e  hoje Editor do jornal, teria passado.

terça-feira, 2 de abril de 2024

Por trás do que se diz…...


Embrulhando os meninos…


Em sua pose de flanneur, uma palavra hoje desaparecida da moda, Macron passou por aqui. Assinou um acordo de cooperação estratégica com o Brasil (esquecido de que o acordo  que Sarkozy assinou em 2008 com Brasil e que parecia ser altamente exclusivo, foi seguido, nos 36 meses que se sucederam, de vários outros acordos de cooperação estratégica do Brasil  por iniciativa do Itamaraty, com a Alemanha, Espanha, Itália, Reino Unido, Portugal, Estados Unidos, Canada e… quem mais o que fosse). Ideias itamaratecas para não ofender ao Grande Irmão por estarmos fazendo com a França o que até então só fazíamos com Washington...


Precisávamos demonstrar que embora estivéssemos fazendo (como realmente estávamos) algo de muito  inusitado com a Franca, pela madrugada, nada realmente estávamos fazendo de diferente do que faríamos com o padeiro da esquina.


Na semana passada falou-se, falou-se, falou-se. Navegou-se por Igarapés. Foi inaugurado um submarino, pronto desde novembro de 2022, e que já tinha feito com sucesso seus testes  de mar. E se pediu ao mundo Bolsonarista em jantares secretos no Rosewood que a maior empresa francesa de tratamento de esgotos, água e lixo da França ganhasse o acervo da SABESP. Empresa essa que tem uma reputação historica de “parcerias privadíssimas” com Agentes Publicos franceses, e que muito antes da nossa Lava Jato e suas “vitimas” já tinha na França mudado de nome...


Macron precisa de  Uranio. E Macron quer outros minerais estrategicos. Mas Macron NÃO PODE liberar a tecnologia de retirada do combustível usado do futuro submarino nuclear brasileiro que é, nada mais do que PLUTONIO. Os Estados Unidos não deixam….


Assim, generoso, Macron nos diz: Voces não querem se submeter ao controle da Agencia em Viena??? Podem deixar. Eu forneço a vocês o combustivel nuclear do SNBR e eu França aceito o controle da Agencia de Viena sobre o que já é meu. De qualquer forma eu posso fazer isso pois eu tenho a bomba !!!  


E ainda “eu troco o combustível do seu submarino nuclear  pelo mot de Cambronne da SABESP... Vocês não precisam fazer mais nada. Mas me deem o SEU Uranio, me deem SUAS Terras Raras…. Eu troco aparências por coisas concretas et trebouchants…. E nos sabiamente deixamos, em 2008,  esse assunto para agora, quando vocês já gastaram 40 bilhoes de Reais, e estão com a corda no pescoço”.

 

 

 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

PROSUB Programa Submarino

Quinze anos apos o lançamento pela Marinha do Brasil do Programa de Submarinos (PROSUB) para a construção do submarino nuclear brasileiro, denominado SCPN (Submarino Convencional de Propulsão Nuclear), mediante o desenvolvimento por meios 100% brasileiros de um reator nuclear e a cooperação francesa para o design de sua estrutura, bem como para a construção no Brasil, em Itaguai, de quatro submarinos convencionais de propulsão diesel elétrica tipo SCORPENE, cujas características de casco são semelhantes a um submarino nuclear.


Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy previa apoio tecnológico para o design de futuro SCPN, exceto no que tange o gerador nuclear, para a arquitetura do estaleiro e para o cais. Previa também originalmente auxilio tecnológico para o então chamado Centro Radiológio hoje corretamente reintitulado Centro de Manutenção Especializada. Mas dias antes da assinatura dos Acordos de Cooperação, em Dezembro de 2024 a França - sob pressão de dois outros países membros de Clube Nuclear rei do escopo da transferência de tecnologia o então Centro Radiológico.

Desde então o Programa correu com sucesso mas a construção do Centro Radiológico, hoje Centro de Manutenção Especializada, até hoje não ocorreu.

Essa foi a razão da controversa contratação pela Odebrecht do mais importante engenheiro nuclear brasileiro, o almirante Othon Pinheiro Silva.

A razão alegada pelos países que realizaram essa pressão - e hoje continuam a fazê-lo - é que o Centro Radiológico é o local onde se carrega e descarrega o combustível nuclear do submarino. 

Embora nenhuma restrição exita para isso no Acordo de Não Proliferação Nuclear do qual o Brasil é signatário, os Estados Unidos e o Reino Unido insistem para que o Brasil assine um Protocolo Adicional que lhes dá direito a inspeções que nenhum outro país que possui submarino nuclear está obrigado

quinta-feira, 4 de abril de 2019

04-04-2019 - CIRANDINHA NAVAL

CIRANDINHA NAVAL

Que vai fazer a Marinha depois de gastar 10 bilhões em obras e ficar na dependência de recursos que não tem com o estaleiro de Itaguaí?

Vai ser um novo Maracanã ou Engenhão ou como o estádio de Manaus?

Já se discute que este ficará semivazio a partir de 2022.

Quem sabe poderá construir mais barcas para a travessia Rio-Niterói?

Gastou se o que não se podia na farra das ilusões...
E construamos novos que começa tudo de novo...

quarta-feira, 3 de abril de 2019

03-04-2019 - FARRA DO ESTALEIRO

FARRA DO ESTALEIRO

Acompanhamos com preocupação a declaração da Marinha e as noticias saídas no Blog Poder Naval de que o Brasil vai  multiplicar seus estaleiros navais com dinheiro publico só para que não fique hoje na mão dos franceses, amanhã dos alemães, depois dos italianos, depois dos russos e depois quem sabe dos americanos...

Com dinheiro público e belos contratos de construção de novos estaleiros vamos praticar o que acho um baiano ou pernambucano chamou hoje de "farra do estaleiro".

Vamos construir tantos e quantos estaleiros para depois fazermos como a Europa e Estados Unidos fechá-los por falta de encomendas.

Isso é uma loucura desvairada de abuso de recursos públicos.

Onde está o TCU?
Onde esta o MP federal que não vê isso?
Pois quem paga todas essas construções é o contribuinte.

Será que se pensa que o custo desses estaleiros não está embutido no preço de corvetas, fragatas e porta-aviões?

Para os franceses a Marinha boazinha pagou com dinheiro da União a obra prévia e separadamente.
Mas para os outros vai pagar dentro dos barcos comprados à "iniciativa privada"...

Os países europeus que tinham três a quatro estaleiros militares hoje tem apenas um.
A Alemanha ainda tem dois mas a Krupp já anunciou que vai vender exatamente o estaleiro escolhido - ou provavelmente não mais pois a generosidade brasileira talvez salvou-a!

segunda-feira, 1 de abril de 2019

27-03-2019 - O ANUNCIO DA ESCOLHA DO MODELO DA CORVETA ESCOLHIDO PELA MARINHA DO BRASIL TROUXE PARA NÓS GRANDE INQUIETAÇÃO

O ANUNCIO DA ESCOLHA DO MODELO DA CORVETA ESCOLHIDO PELA MARINHA DO BRASIL TROUXE PARA NÓS GRANDE INQUIETAÇÃO

Não pelo tipo de embarcação escolhida, domínio inconteste de nossa Marinha. Mas pela renuncia de exercer plenamente seu arbítrio legal, pois tendo desencadeado a construção em Itaguaí de um estaleiro que lhe pertence e nos pertence, tenha resolvido duplicar o escasso dinheiro publico utilizando novos recursos da União para fazer em Santa Catarina o mesmo que já fez em Itaguaí.

Com isso ela surpreendentemente despreza os recursos que o nosso Estado lhe concedeu pela renuncia fiscal e os duplica inutilmente. Mas, pior, deixa a região mais carecedora do nosso estado sem os 2000 empregos que ora anuncia.

O inacreditável argumento de que vai construir no acanhado Estaleiro Aliança de Niterói navios de 120 metros de comprimento e 3400 toneladas de peso parece ser uma tentativa inadequada de calar o protesto que deverá ser levantado pelas autoridades do Estado do Rio de Janeiro, seus sindicatos e pelas entidades empresariais.


COMITÊ AD-HOC PELO EMPREGO EM ITAGUAÍ

30-03-2019 - O RIO DE JANEIRO APOIOU A MARINHA DO BRASIL E NAO PODE SER ESQUECIDO

O RIO DE JANEIRO APOIOU A MARINHA DO BRASIL E NAO PODE SER ESQUECIDO

O Estaleiro Naval de Itaguaí foi um investimento público feito pelo Tesouro Federal para a Marinha do Brasil no qual já foram investidos 20 bilhões de Reais.

Ele é um dos mais modernos do mundo e tem a capacidade de construir submarinos e navios de guerra.

Ele tem um potencial de 6.000 empregos diretos e 14.000 indiretos.

Está hoje sendo subutilizado e tem uma capacidade ociosa de 40% que deve crescer para 60% a partir de 2022.

No momento a Marinha esta em vias de decidir a escolha da corveta Tamandaré o que representa novos investimentos federais de 8 bilhões de Reais com a fabricação de 4 corvetas, início de uma série de 8 a serem construídas.

A Marinha tem o direito de escolher dentre os quatro ofertantes para a corveta Tamandaré (alemães, franceses, holandeses e italianos) o modelo que mais a satisfaz.

Mas não deveria duplicar em outros estados (São Paulo, Pernambuco, Santa Catarina e Bahia) investimentos já feitos no Estaleiro de Itaguaí do Rio de Janeiro de 4 bilhões de Reais.

Os empregos que serão perdidos com a ociosidade de 60% no estaleiro em Itaguaí não serão compensados com navios quebra-gelos ou rebocadores e manutenção da atual frota submarina da Série Tupi que ocuparão apenas 20% da mão de obra deixando de novo um buraco de 40% de ociosidade.

A bancada federal do RJ não pode ficar silenciosa.

Isso esta para acontecer nessa semana!

Assim o RJ deve reivindicar que a ajuda que já deu a MB seja reconhecida e seja qual for a escolha dentre as quatro ofertas sua construção seja no estaleiro de Itaguaí que pertence a Marinha do Brasil.


COMITÊ AD-HOC PELO EMPREGO EM ITAGUAÍ